EUA 2014 (165")
Direção: Richard Linklater
Elenco:
Sinopse:
O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.
23/09/2014
Dld
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Comentário:
Já foram feitos documentários com a mecânica de acompanhar a vida de seus protagonistas ao longo do tempo, mas até onde eu sei, isso nunca aconteceu antes num filme de ficção.
A chance de dar tudo errado num projeto como "Boyhood" era imenso, mas Richard Linklater assumiu os riscos e colheu um resultado avassalador.
A história singela se confunde nostalgicamente com a de todos nós. Contempla o ciclo da vida de uma família pelos olhos de um de seus membros, um garoto que cresce e amadurece diante de nossos olhos.
A escolha de Ellar Coltrane para o papel central não poderia ter sido mais feliz. Além, de carismático e bom ator, ele fica fisicamente cada vez mais parecido com seus pais fictícios, especialmente com o "pai", Ethan Hawke.
O roteiro, muito bem estruturado, não se foca em viradas na trama, reservadas aos tropeços amorosos da mãe, mas na fluidez da vida como ela é. As dores do crescimento são amenas e absolutamente naturais.
Linklater fez um filme simples, mas mostrou sensibilidade ao captar o olhar do garoto, observando seus pequenos dramas, nos transmitindo imediata empatia pelo personagem. Mas talvez seu grande mérito esteja em manter a unidade em meio a tanto material filmado, num trabalho de planejamento impecável.
Num tempo em que a indústria do cinema parece repetir suas fórmulas num moto-perpétuo, "Boyhood" é um sopro de renovação muito bem vindo.
A chance de dar tudo errado num projeto como "Boyhood" era imenso, mas Richard Linklater assumiu os riscos e colheu um resultado avassalador.
A história singela se confunde nostalgicamente com a de todos nós. Contempla o ciclo da vida de uma família pelos olhos de um de seus membros, um garoto que cresce e amadurece diante de nossos olhos.
A escolha de Ellar Coltrane para o papel central não poderia ter sido mais feliz. Além, de carismático e bom ator, ele fica fisicamente cada vez mais parecido com seus pais fictícios, especialmente com o "pai", Ethan Hawke.
O roteiro, muito bem estruturado, não se foca em viradas na trama, reservadas aos tropeços amorosos da mãe, mas na fluidez da vida como ela é. As dores do crescimento são amenas e absolutamente naturais.
Linklater fez um filme simples, mas mostrou sensibilidade ao captar o olhar do garoto, observando seus pequenos dramas, nos transmitindo imediata empatia pelo personagem. Mas talvez seu grande mérito esteja em manter a unidade em meio a tanto material filmado, num trabalho de planejamento impecável.
Num tempo em que a indústria do cinema parece repetir suas fórmulas num moto-perpétuo, "Boyhood" é um sopro de renovação muito bem vindo.
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