quarta-feira, 20 de junho de 2012

Agora (Alexandria)




Espanha 2009
Direção: Alejandro Amenábar
Elenco:
Rachel Weisz...Hypatia
Max Minghella...Davus
Oscar Isaac...Orestes
Ashraf Barhom...Ammonius
Michael Lonsdale...Theon
Rupert Evans...Synesius
Homayoun Ershadi...Aspasius
Sami Samir...Cyril (as Sammy Samir)
Richard Durden...Olympius
Omar Mostafa...Isidorus
Manuel Cauchi...Theophilus
Oshri Cohen...Medorus
Charles Thake...Hesiquius
Harry Borg...Prefect Evragius
Yousef 'Joe' Sweid...Peter (as Yousef Sweid)
Clint Dyer...Hierax-Parabolano
Sam Cox...Pagan Rival
George Harris...Heladius Dignitary
Sylvester Morand...Dignitary
Paul Barnes...Dignitary
Amber Rose Revah...Sidonia
Jordan Kiziuk...Hypatia's Disciple
Jonathan Grima...Hypatia's Disciple
Christopher Dingli...Student

Sinopse:
O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.
Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.
Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cirilo domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.
Além de narrar a vida e a morte de Hipátia, pode-se observar de forma nítida o conflito entre cristãos e e pagãos. De um lado temos o cristianismo, ganhando força de atuação junto ao judaísmo; do outro temos a religião politeísta Greco-romana, com a adoração de estátuas (condenada pelo cristianismo), que representavam seus numerosos deuses. Por outro lado, é interessante observar como a mulher era vista. No cristianismo, o papel da mulher era de subordinação, mas Hipátia não se permitia ser subordinada a ninguém. Por ter se recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de ateísmo e bruxaria, julgada de forma vil e apedrejada.

19/06/2012
Dld
««««

Comentário:
Um dos momentos mais importantes da história foi a destruição da biblioteca de Alexandria, que é um dos marcos do início da idade média e de mais de um milênio de sombras sobre a cultura e a ciência. O filme mostra claramente a ascensão dos cristãos em sua intolerância e fúria teísta que repercutem até hoje. Este foi o primeiro filme sobre o tema e é centrado na figura real e emblemática da filósofa Hipátia, bem defendida pela bela Weisz. Apenas por este motivo o filme já seria importante, mas ele traz mais, traz uma reconstituição histórica bem feita, um roteiro além dos clichês do gênero e toca fundo na ferida. Tem um pouco de novela também, o que atrapalha, mas não estraga. Pelo tema e pela coragem: imperdível!

Nenhum comentário:

Postar um comentário