Espanha 2009
Direção: Alejandro Amenábar
Elenco:
Rachel Weisz | ... | Hypatia | |
Max Minghella | ... | Davus | |
Oscar Isaac | ... | Orestes | |
Ashraf Barhom | ... | Ammonius | |
Michael Lonsdale | ... | Theon | |
Rupert Evans | ... | Synesius | |
Homayoun Ershadi | ... | Aspasius | |
Sami Samir | ... | Cyril (as Sammy Samir) | |
Richard Durden | ... | Olympius | |
Omar Mostafa | ... | Isidorus | |
Manuel Cauchi | ... | Theophilus | |
Oshri Cohen | ... | Medorus | |
Charles Thake | ... | Hesiquius | |
Harry Borg | ... | Prefect Evragius | |
Yousef 'Joe' Sweid | ... | Peter (as Yousef Sweid) | |
Clint Dyer | ... | Hierax-Parabolano | |
Sam Cox | ... | Pagan Rival | |
George Harris | ... | Heladius Dignitary | |
Sylvester Morand | ... | Dignitary | |
Paul Barnes | ... | Dignitary | |
Amber Rose Revah | ... | Sidonia | |
Jordan Kiziuk | ... | Hypatia's Disciple | |
Jonathan Grima | ... | Hypatia's Disciple | |
Christopher Dingli | ... | Student |
Sinopse:
O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.
Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.
Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hipátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cirilo domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.
Além de narrar a vida e a morte de Hipátia, pode-se observar de forma nítida o conflito entre cristãos e e pagãos. De um lado temos o cristianismo, ganhando força de atuação junto ao judaísmo; do outro temos a religião politeísta Greco-romana, com a adoração de estátuas (condenada pelo cristianismo), que representavam seus numerosos deuses. Por outro lado, é interessante observar como a mulher era vista. No cristianismo, o papel da mulher era de subordinação, mas Hipátia não se permitia ser subordinada a ninguém. Por ter se recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de ateísmo e bruxaria, julgada de forma vil e apedrejada.
19/06/2012
Dld
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Comentário:
Um dos momentos mais importantes da história foi a destruição da biblioteca de Alexandria, que é um dos marcos do início da idade média e de mais de um milênio de sombras sobre a cultura e a ciência. O filme mostra claramente a ascensão dos cristãos em sua intolerância e fúria teísta que repercutem até hoje. Este foi o primeiro filme sobre o tema e é centrado na figura real e emblemática da filósofa Hipátia, bem defendida pela bela Weisz. Apenas por este motivo o filme já seria importante, mas ele traz mais, traz uma reconstituição histórica bem feita, um roteiro além dos clichês do gênero e toca fundo na ferida. Tem um pouco de novela também, o que atrapalha, mas não estraga. Pelo tema e pela coragem: imperdível!
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