UK / EUA 2017 (115')
Direção: Martin McDonagh
Elenco:
Frances McDormand | Mildred | |
Caleb Landry Jones | Red Welby | |
Kerry Condon | Pamela | |
Sam Rockwell | Dixon | |
Alejandro Barrios | Latino | |
Jason Ledford | Latino #2 | |
Darrell Britt-Gibson | Jerome | |
Woody Harrelson | Willoughby | |
Abbie Cornish | Anne | |
Riya May Atwood | Polly | |
Selah Atwood | Jane | |
Lucas Hedges | Robbie | |
Zeljko Ivanek | Desk Sergeant | |
Amanda Warren | Denise | |
Malaya Rivera Drew | Gabriella | |
Sandy Martin | Momma Dixon | |
Peter Dinklage | James | |
Christopher Berry | Tony | |
Gregory Nassif St. John | Doctor | |
Jerry Winsett | Geoffrey | |
Kathryn Newton | Angela | |
John Hawkes | Charlie | |
Samara Weaving | Penelope | |
Clarke Peters | Abercrombie |
Sinopse:
Inconformada com a ineficácia da polícia em encontrar o culpado pelo brutal assassinato de sua filha, Mildred Hayes (Frances McDormand) decide chamar atenção para o caso não solucionado alugando três outdoors em uma estrada raramente usada. A inesperada atitude repercute em toda a cidade e suas consequências afetam várias pessoas, especialmente a própria Mildred e o Delegado Willoughby (Woody Harrelson), responsável pela investigação.
01/01/2018
Dld
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Comentário:
Existe uma palavra alemã, zeitgeist, que traduz o tal "espírito do tempo", um tema que emerge na sociedade simultaneamente nas mais diversas camadas. O assédio sexual é a bola da vez e este filme se favorece disso para ganhar notoriedade e, de quebra, alguns prêmios.
'Três Anúncios' começa bem, com uma mãe que, inconformada com o desinteresse da polícia em apurar o assassinato da filha, provoca reação ao expor sua ineficácia em enormes cartazes na periferia da cidade. Com isso consegue desestabilizar a comunidade e entrar em guerra com os policiais.
Apesar da boa premissa, o filme se perde ao caricaturizar personagens e criar situações sem sentido, que fazem com que cada um deles vá perdendo sua razão ao longo da trama.
Do policial racista que se humaniza após perder o emprego, ao ex-marido abusivo que tenta destruir os outdoors sem motivo claro, chegando a um improvável incêndio criminoso, que fragiliza a posição da protagonista. Todas as situações são mal construídas e conspiram contra os objetivos propostos no prólogo, culminando com um final radical que transforma a dupla de protagonista e antagonista numa célula de vigilantes armados contra as mazelas do assédio. Até Charles Bronson tinha mais motivação e método.
Como nos seus filmes anteriores, Martin McDonagh não sabe desenvolver um argumento promissor, perdendo-se em reviravoltas desnecessárias e contraproducentes.
Desperdiça um bom elenco, especialmente Sam Rockwell muito acima do tom. Milagrosamente, dele salva-se Frances McDormand, com uma personagem permanentemente zangada. Não há como não amá-la e ficar do seu lado, mesmo quando o roteiro a manda fazer bobagens. Está nela toda força e a eventual leitura positiva que crítica e público vêm fazendo.
'Três Anúncios' começa bem, com uma mãe que, inconformada com o desinteresse da polícia em apurar o assassinato da filha, provoca reação ao expor sua ineficácia em enormes cartazes na periferia da cidade. Com isso consegue desestabilizar a comunidade e entrar em guerra com os policiais.
Apesar da boa premissa, o filme se perde ao caricaturizar personagens e criar situações sem sentido, que fazem com que cada um deles vá perdendo sua razão ao longo da trama.
Do policial racista que se humaniza após perder o emprego, ao ex-marido abusivo que tenta destruir os outdoors sem motivo claro, chegando a um improvável incêndio criminoso, que fragiliza a posição da protagonista. Todas as situações são mal construídas e conspiram contra os objetivos propostos no prólogo, culminando com um final radical que transforma a dupla de protagonista e antagonista numa célula de vigilantes armados contra as mazelas do assédio. Até Charles Bronson tinha mais motivação e método.
Como nos seus filmes anteriores, Martin McDonagh não sabe desenvolver um argumento promissor, perdendo-se em reviravoltas desnecessárias e contraproducentes.
Desperdiça um bom elenco, especialmente Sam Rockwell muito acima do tom. Milagrosamente, dele salva-se Frances McDormand, com uma personagem permanentemente zangada. Não há como não amá-la e ficar do seu lado, mesmo quando o roteiro a manda fazer bobagens. Está nela toda força e a eventual leitura positiva que crítica e público vêm fazendo.
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