segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (Três Anúncios Para Um Crime)

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UK / EUA 2017 (115')
Direção: Martin McDonagh
Elenco:

Frances McDormand...Mildred
Caleb Landry Jones...Red Welby
Kerry Condon...Pamela
Sam Rockwell...Dixon
Alejandro Barrios...Latino
Jason Ledford...Latino #2
Darrell Britt-Gibson...Jerome
Woody Harrelson...Willoughby
Abbie Cornish...Anne
Riya May Atwood...Polly
Selah Atwood...Jane
Lucas Hedges...Robbie
Zeljko Ivanek...Desk Sergeant
Amanda Warren...Denise
Malaya Rivera Drew...Gabriella
Sandy Martin...Momma Dixon
Peter Dinklage...James
Christopher Berry...Tony
Gregory Nassif St. John...Doctor
Jerry Winsett...Geoffrey
Kathryn Newton...Angela
John Hawkes...Charlie
Samara Weaving...Penelope
Clarke Peters...Abercrombie

Sinopse:
Inconformada com a ineficácia da polícia em encontrar o culpado pelo brutal assassinato de sua filha, Mildred Hayes (Frances McDormand) decide chamar atenção para o caso não solucionado alugando três outdoors em uma estrada raramente usada. A inesperada atitude repercute em toda a cidade e suas consequências afetam várias pessoas, especialmente a própria Mildred e o Delegado Willoughby (Woody Harrelson), responsável pela investigação.

01/01/2018
Dld
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Comentário:
Existe uma palavra alemã, zeitgeist, que traduz o tal "espírito do tempo", um tema que emerge na sociedade simultaneamente nas mais diversas camadas. O assédio sexual é a bola da vez e este filme se favorece disso para ganhar notoriedade e, de quebra, alguns prêmios.
'Três Anúncios' começa bem, com uma mãe que, inconformada com o desinteresse da polícia em apurar o assassinato da filha, provoca reação ao expor sua ineficácia em enormes cartazes na periferia da cidade. Com isso consegue desestabilizar a comunidade e entrar em guerra com os policiais.
Apesar da boa premissa, o filme se perde ao caricaturizar personagens e criar situações sem sentido, que fazem com que cada um deles vá perdendo sua razão ao longo da trama.
Do policial racista que se humaniza após perder o emprego, ao ex-marido abusivo que tenta destruir os outdoors sem motivo claro, chegando a um improvável incêndio criminoso, que fragiliza a posição da protagonista. Todas as situações são mal construídas e conspiram contra os objetivos propostos no prólogo, culminando com um final radical que transforma a dupla de protagonista e antagonista numa célula de vigilantes armados contra as mazelas do assédio. Até Charles Bronson tinha mais motivação e método.
 Como nos seus filmes anteriores, Martin McDonagh não sabe desenvolver um argumento promissor, perdendo-se em reviravoltas desnecessárias e contraproducentes.
Desperdiça um bom elenco, especialmente Sam Rockwell muito acima do tom. Milagrosamente, dele salva-se Frances McDormand, com uma personagem permanentemente zangada. Não há como não amá-la e ficar do seu lado, mesmo quando o roteiro a manda fazer bobagens. Está nela toda força e a eventual leitura positiva que crítica e público vêm fazendo.

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